Olá, pessoal!

"Todo homem tem direito de pensar o que quiser, de desenhar, de pintar, de cantar, de compor, de escrever o que ele quiser." (Raul Seixas - editado)

Espero que gostem do que vão ler aqui!
Darei o meu máximo, não sei se sempre, mas farei o possível! :)

9 de setembro de 2010

Café, cigarro e o silêncio.

Vi a porta aberta e entrei. Um piso um pouco sujo, uma sensação de estar em alguma daquelas cenas de Paris, Texas ou até mesmo de Estrela Solitária. Sentei.
A cabeça estava ali, mas o pensamento vagava pela poeira daquele pôr-do-sol. Imaginava estar ao lado de alguém que cantasse algo, ou dissesse algo bonito. Poesia? Talvez não.
- Posso te ajudar?
- Creio que não. Obrigada!
Uns passos lentos e o som do toque da sola do sapato ao chão se distanciando. Privacidade, que bom! 
A única coisa naquele momento que me satisfaria era uma xícara de café, e quem sabe um cigarro. Mas preferi ficar no silêncio do meu pensamento.
Um ou outro olhar me cutucava pelas costas. Apenas olhares, nada mais que isso.
Foram apenas alguns minutos ali. Mas o relógio estava com pressa. Foi quando percebi que a fraca claridade que estava a me aborrecer se fora. Pela vidraça apenas a imensidão da escuridão. Ou não.
Foi quando a porta se abriu. Um cheiro bom. Vanguart tocando ao fundo. E aquele esbarrão no meu pé que insistia em ficar jogado no estreito caminho que tinha.
- Oi...
Foi a única coisa que eu ouvi até perceber que aquele cheiro bom era uma mistura de café com uma leve fumaça de cigarro.
E assim se foi mais um dia, naquele barzinho estilo faroeste que eu adorava ir quando além de estar, eu me sentia sozinha.
Acho que aquela foi a melhor companhia para o meu silêncio que insistia em me acompanhar naquele dia.

(ana lívia)

4 comentários:

  1. Caramba me senti lendo um livro de literaturas estrangeiras, mais precisamente A sombra materna, onde com essa delicadeza e muitos detalhes subtendidos podendo assim ter uma facilidade enorme em imaginar cada momento lido.

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  2. Mikaelly tirou as palavras dos meus dedos...

    DEVOLVA!

    kkkkkkkkkkkkkk

    Mas falando sério, lembra realmente uma narrativa estrangeira, pra ser mais sincero, aquelas descritivas sobre pubs ingleses, li muito poucas desse tipo até hoje, mas adorei as que pude ler. Esse ambiente embora meio solitário, em contrapartida consegue sempre dar uma pouquinho daquela expectativa pro leitor que fica imaginando o que vem a seguir, quem entrará pela porta e tudo mais...

    Embora seja diferente a ambientação, alguma coisa me lembrou um dos livros de Sherlock Holmes, o que ao menos pra mim, é melhor ainda rs


    Aguardando aqui pelo próximo post =P

    Beijão

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  3. Caramba,você escreve perfeitamente bem,adorei de verdade,deixou com um gostinho de quero mais.

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  4. Muito lindo, Ana Lívia, você tem talento, menina :)

    Passe sempre pelo meu blog, viu?
    beijos

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