Olá, pessoal!

"Todo homem tem direito de pensar o que quiser, de desenhar, de pintar, de cantar, de compor, de escrever o que ele quiser." (Raul Seixas - editado)

Espero que gostem do que vão ler aqui!
Darei o meu máximo, não sei se sempre, mas farei o possível! :)

10 de setembro de 2015

E a descoberta de ser heroína!

Perder o sono e voltar a fita, pensar um pouco em alguns fatos marcantes da vida. Fatos que fizeram de mim essa pessoa que sou hoje. Boa ou ruim? Não cabe a mim julgar...
Um pouco surpresa com o que essa vida cheia de contradições tem me proporcionado. Com ela, aprendi que a todo instante tem-se uma nova descoberta, um novo aprendizado, um novo sorriso ou uma pessoa nova para marcar, como aqueles brasões que marcam o gado, sabe?
E dentre tantas, acredito que a minha maior descoberta foi a de ser mãe. Descobri que adolescência perderia o real sentido da palavra e passaria a ser sinônimo de responsa, de cuidado, de entrega.
Mãe...
Mãe que acolhe, mãe que cuida, mãe que sofre e chora, mãe que sofre e segura a lágrima, mãe que brinca, mãe que falha, mãe que pede perdão, mãe que come, mãe que masca chiclete, mãe que dança desengonçado, mãe que vira noite em fila de hospital, mãe que fica tardes em fila de parque de diversões, mãe que entende o olhar de uma criança carente e inocente, mãe que atende a pedidos mesmo sem poder, mãe que não atende a pedido para seguir o complexo processo de "ensinar".
E é a cada noite de insônia que eu descubro um pouco mais de mim mesma. Um pouco mais de uma pessoa que vai enfrentar mundos e fundos para superar qualquer desafio em busca de dar o máximo de amor e carinho a esse "serzinho" que a completa, a esse excesso de maturidade amontoados em 7 anos de vida, à sua metade.
E é por essa metade que me dobrarei para ser, pelo menos, metade do que ela representa na minha vida!





(ana lívia)

1 de abril de 2014

Sem muitas delongas!

Ela entrou em seu quarto, trancou a porta e resolveu relembrar os tempos em que, com extrema facilidade, conseguir produzir belos textos. Sentou-se em frente a uma folha de papel, pegou lápis e uma borracha para acompanhar. Sabia que aquela borracha pouco seria usada. Afinal, parecia que tudo já estava pronto, era só passar para o papel.
Começou fazendo uma analogia da sua vida com a atividade de escalar uma montanha. Uma montanha bastante íngreme, mas com uma sensação bastante satisfatória ao chegar no topo.
Percebeu que houve uma época da vida em que tudo se mostrava bastante tendencioso a te levar para o fracasso, para baixo, literalmente. Era como se a gravidade a puxasse enquanto tentava driblar algumas árvores e alguns rochedos. Mas ela não se sentia desamparada, as consequências da vida a forçava a querer mais, a subir mais, a se amar mais.
Sem muitas delongas, ela chegou ao topo. Conquistou não só as alturas, mas alcançou a sensação de ser mais feliz. A liberdade de sentir a briza batendo em seu rosto, refrescando-a, deixando-a com a sensação de que o seu dever estava sendo cumprido proporcionava essa sensação de felicidade. 
Mas não podia parar por ali. Ela sabia que não! Deveria procurar forças; sim, físicas, para desafiar uma montanha ainda mais alta. Uma montanha que ela não esperava encontrar tão cedo. Tentou fechar os olhos. E conseguiu! Mas a lembrança de que um obstáculo se prontificava à sua frente não lhe falhava a memória. Era como se olhasse para uma luz forte e tentasse fechar os olhos para não mais ver. Sentia aquela sensação horrorosa de que não era fechando os olhos que as coisas resolveriam. Ela precisava se desviar para algo que não ofuscasse tanto seu olhar. Entristecido olhar, já.
E foi aí que ela resolveu parar de escrever. Viu que para alcançar o topo de qualquer outra montanha, ela precisava primeiro descer. E descia. Era como se despencasse de um penhasco. Não era uma descida prazerosa, com direito a apreciar os arredores. Fechou os olhos, deixou com que as coisas se resolvessem por si só, sem qualquer influência sua. Fechou os olhos, já cheios de lágrimas.

Fechou os olhos até que adormeceu.
E permanecia dentro do seu quarto. E permanecia debruçada em seu papel escrito pela metade.
E, novamente, sem muitas delongas, ela chegou ao topo! Mas agora, em seus sonhos.



(ana lívia)

26 de agosto de 2012

O único e melhor.

E depois de ouvir aquela única frase composta por apenas três palavras ele resolveu se deitar.
Todos dormiram na casa. Menos ele.
Todos levantaram da cama. Não antes dele.
Levantou-se cedo para dar uma volta no chão seco com algum respingo de grama. Era um pasto bonito, antigamente. Com o calor do sertão, restaram apenas um verdinho aqui ou ali. Mas ali era seu refúgio.
Andou e relembrou de todos os momentos que havia passado. Momentos bons e momentos dolorosos também.
Quantas e quantas vezes não se levantou com gosto para ajudá-los?
Ora um com o fechamento das poucas cabeças de gado para tirar o leite, ora outro recolhendo os ovos das galinhas. E olha que aquelas galinhas escolhiam os lugares menos propícios para o ninho, viu?
Por que será que mentiram tanto? Por que será que esconderam isso dele? O que ele fez de tão ruim para pagar um preço tão alto?
Não foram justo comigo! - era a única coisa que pensava.
Lembrou-se das vezes que deitava com o pai debaixo da sombra da única mangueira que havia em meio a tantas árvores. Por ali eles conversavam apenas os minutos em que o pai fazia o famoso 'quilim', como dizia ele.
Construíram uma amizade invejável para qualquer pai de família.
Mas, por quê?
Ao pensar em sua mãe, lembrou-se das vezes em que ele buscava verduras na horta do Nhô João, um vizinho de fazenda. Para ela, aquilo era o máximo, o seu filhinho estava virando rapaz, cheio de  responsabilidades.
Era só parar de relembrar o passado que a dor de ter ouvido aquelas 'três palavrinhas' batiam em seu coração com tanta força que conseguia lhe arrancar algumas lágrimas dos olhos.
Voltou para casa e pediu para que a mãe esperasse o pai para o almoço naquele dia.
Assim eles fizeram, o que não era do costume da casa. Já que o pai voltava tarde.
Mas fizeram!
(...)
Alguns minutos de conversa foram o bastante para que ele entendesse que aquelas três palavras irrelevantes podiam ser substituídas por outras três imprescindíveis na vida dele.
Afinal, qual importância daria para 'Nosso filho adotivo' perto de 'nosso amor maior'?
E foi assim que se conformou de que aquela era a melhor família que ele poderia ter.
A única família que ele gostaria de ter.

O único e melhor filho que ele poderia ser.


(ana lívia)

24 de agosto de 2012

Retomando com um copo sujo.

E de volta às minhas páginas preenchidas com frases e entrelinhas!
Espero que continuem apreciando os poucos textos que escreverei. :)

E para ela, aquela vida teria que passar por uma reviravolta gigantesca. Algo como um tornado e um tsunami batidos no liquidificador. Precisava encontrar um emprego, ser um pouco mais maleável a tudo, um tanto menos indelicadas com os mais próximos, um pouco menos ansiosa para as responsabilidades, um tanto mais animada para a vida e diminuir bastante a combinação do chocolate com os momentos de angústia.

Os dias tinham se tornado algo como um copo vazio. Mas sujo. Um copo em que nada se tinha dentro. E nada podia ser colocado. Copo sujo. Bordas manchadas do seu batom de fim de noite. Noite essa de um sabadão que nada adiantou sair de casa. Noite de uma quarta-feira que rendeu diversos novos amigos e alguns amores não correspondidos.
Paredes do copo marcadas com algumas digitais. Digitais do passado. Digitais que jamais seriam limpadas. Tentadas, no mínimo! Digitais que gostariam de serem esquecidas. Tentativas em vão!
E dentro do copo? Aquele vazio.
Um vazio que nada preencheria naquele momento. Ao fundo, um vestígio ou outro da força de vontade. Ou esperança?

E para ela, aquele copo deveria ser preenchido por aquele tornado de boas vibrações e um tsunami de amor. Era isso!
Um copo sujo, mas um copo cheio! Uma vida atordoada, mas uma vida completa!


(ana lívia)

2 de janeiro de 2012

Você se lembra?


E é o mesmo que olhar para o passado e perguntar se eu me lembro.
Se eu me lembro de cada beijo, de cada momento, de cada perfume sentido, de cada sentido que houve, de cada sentimento que criamos um pelo outro.
E se estivéssemos juntos?
E se ainda sentíssemos tudo aquilo que existiu?As palavras "e" e "se" são tão desprezíveis quanto as "podem ser", mas uma ao lado da outra conseguem criar aquela incógnita "E se?".
E se continuássemos, estaríamos juntos ainda?


A única coisa que se sabe, é que um daqueles sentimentos era o amor.
E um dos sentidos é sentir muito por não ter insistido mais. E mais!



 

(ana lívia)

1 de novembro de 2011

Seria ele?

E a dúvida entre um copo de chocolate quente e um capuccino sempre me perseguia durante todos os invernos.
Entre tantas mesas e cadeiras desocupadas, a minha estava sempre à minha espera. Parecia que tinha vida. Parecia que queria a minha presença. Ela sim!
Entrava vagarosamente, todas as vezes, naquele 'pubzinho' de esquina em que o Seu Zé quase não recebia clientela. Olhava para o relógio de parede e sempre ele me apresentava marcando 8p.m, ou quase 9p.m. Dependia do dia da semana.
Sentada aqui, nesse banco. Solitária.
E...
- Me vê um café, por favor?
É, algumas vezes eu me cedia ao sabor irresistível de um velho e bom café da DonAna.
E mais uma vez acendi meu cigarro, puxei o cinzeiro para perto. Traguei uma ou duas vezes até que recebi minha xícara daquele saboroso líquido que até me rejuvenesce. Sim, ele tem esse poder!
Mas o que era para ser mais um rotineiro fim de noite, tornou-se algo mais!
Afinal, aquela voz me provara que viria algo mais!
- Posso sentar aqui? Com você?



(ana lívia)

30 de junho de 2011

#LUTO Arthur de Morais.

Que dor imensa ao receber a notícia que Arthur de Morais, 3 anos, de Patos de Minas, faleceu nessa quinta (30/06).
Queria postar algo que tocasse cada um, mas não consigo. Não tenho, infelizmente, palavras para tanto. Postarei algumas fotos que mostra o sorriso e o olhar de esperança dele, o grande guerreiro!
Peço apenas que doem sangue.
Quantos ml?
APENAS 5. Com 5ml você pode salvar vidas.
Não pense duas vezes. Não deixe de doar. Doe sangue. Deixe que a esperança renasça no coração de cada um que carrega a leucemia consigo. Doe vida!

Que Deus dê força aos familiares!
Por favor, copiem essa mensagem no BLOG de vocês, faça rodar o mundo esse apelo pela esperança. Esse apelo pela vida! :)
 



 (ana lívia)