Olá, pessoal!

"Todo homem tem direito de pensar o que quiser, de desenhar, de pintar, de cantar, de compor, de escrever o que ele quiser." (Raul Seixas - editado)

Espero que gostem do que vão ler aqui!
Darei o meu máximo, não sei se sempre, mas farei o possível! :)

17 de março de 2011

Other Way. Other war.

Estava prestes a ouvir um som bom de Jack Johnson, mas ela não sabia. Nem ao menos ele sabia.
Sentados naquele lugar, sem muito papo. Sem aquele blá blá blá sobre o que fez durante o dia. Sem aquele assunto de como o time de futebol dele estava. Nem de política, cultura, ou coisa parecida. Nada de clichê. De injeção. Isso, aquela injeção de conversa maçante, de mesmice. Nem seus olhares rumavam a algo. Nem os pensamentos atreviam a vagar-se pelo saguão.
Pessoas descendo e subindo no seu condomínio e ela sequer levantava a sobrancelha para um cumprimento qualquer.
Foi quando um carro estacionou por ali. O som alto. Uma música desconhecida, com uma batida anestesiante. E foi quando No Other Way soou em seus ouvidos.
Foi como um chá! Foi como uma injeção de ânimo, propriamente dita. É. Isso mesmo que eles falam, injeção de ânimo.
Olharam entre si. Sem nem pensar na consequência. Partiram para um abraço. O abraço. Os dois, concomitantemente.
E para acabar com a confusão que o próprio compositor cita nos primeiros versos. Ele a beija. Ela apenas corresponde. E isso foi muito. Foi suficiente.
- Ahn? Você disse algo?
- Eu disse?
- Eu também.
- O que?
- Também te amo. Muito.
- (...)
- Boa noite, até amanhã.
Aqueles passos pesados e lentos acabara com aquele sentimento de voar. Aquela leveza de estar à beira de um precipício, sentada, olhando algum bando de pássaros voando.
Foi como se ela caísse desse precipício. Foi como se ela não esperasse que aquela música tocasse. Que ela parasse de tocar. Justamente aquela. Justamente naquele momento.



(ana lívia)



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